sexta-feira, 9 de agosto de 2013

ACORDA MARAJÓ

Em 2006, quando o então Presidente Lula esteve em Breves, aqui no Marajó, para o lançamento festivo do programa “Plano do Desenvolvimento Territorial do Marajó”, vislumbrava-se na ocasião que o Governo Federal finalmente havia se conscientizado da importância do Arquipélago Marajoara para a nação brasileira, se contrapondo a“cobiça internacional” pela propriedade da maior ilha fluvio-marítima do mundo. Nós que sempre pregamos a transformação do Marajó em Território Federal não acreditávamos no sucesso do programa lançado pelo Presidente Lula, e que ao retornar à Brasília, o projeto seria (como foi) engavetado na Casa Civil da Presidência, como já aconteceram com outros projetos endereçados ao Marajó, é o caso da Hidrovia do Marajó que encurtava 140 Km. a distância entre Belém e Macapá, integrando vários municípios da Ilha, tirando-os do isolamento, facilitando o intercâmbio comercial entre eles e seriam abertos novos mercados consumidores aos produtos marajoaras, além de expandir as fronteiras comerciais, via Caiena, a França seria vizinha, e com certeza a realidade fosse bem diferente dos índices (IDH) hoje divulgados. A Igreja Católica no Marajó tem alertado os Governos (federal e estadual) sobre o abandono da Ilha em todos os aspectos, apesar de nossas potencialidades turísticas e o maior rebanho bubalino do país, sem esquecer nosso litoral altamente piscoso e seu interior recheado de lagos e lagoas adequados á aquicultura. O Marajó sempre foi considerado o “filho bastardo” do Estado do Pará. Nossa esperança residia na criação dos Estados do Tapajós e Carajás, que com a redução de seu território, fossemos olhado não só geográfica-mente mas uma área habitada por seres humanos carentes da presença do Estado.

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